domingo, 24 de abril de 2011

VENHA PARTICIPAR:oficinas para os estudantes, agricultores (as) e comunidade de Canarana.

Cursos técnicos do Colégio estadual José Ribeiro (Canarana) irá realizar, em parceria com a EBDA oficinas para os estudantes, agricultores (as) e comunidade de Canarana.

O Colégio Estadual José Ribeiro de Araújo firmou parceria com a EBDA-Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário, através da gerencia regional de Irecê e escritório de Canarana, para a realização entre os dias 10 a 13 de maio oficinas por dia com focos voltados para a agropecuária e realidade local.
As oficinas serão: beneficiamento e derivados da palma, beneficiamento e derivados do milho, beneficiamento e derivados da mandioca, doces e salgados, segurança alimentar (multimistura), agroecologia, pintura em tecidos e fabricação de produtos de limpeza ecologicamente corretos e com gordura. Cada oficina terá 20 participantes, e acontecerá, de forma intensiva, em todos os dias do evento para que mais pessoas possam participar.
O objetivo é difundir ações de beneficiamento de produtos da agropecuária local, de forma racional, como práticas de segurança alimentar e geração de renda, além de demonstra importância sócio-econômica de cada produto das oficinas; noções de higiene para a manipulação de alimentos; noções da conservação e armazenamento e noções de processamento e industrialização.
Cada oficina terá 2 instrutores da EBDA (incluindo 3 bolsistas da FAPESB-EBDA 2010, técnicos em agropecuária formados no colégio em 2009) e 2 monitores (formandos do curso técnico em agropecuária 2011). As inscrições ocorrerão no colégio, mediante apresentação do CPF, e a expectativa é que tenhamos a participação de todos os estudantes dos cursos técnicos (219), estudantes da educação básica, professores, representantes de associações rurais, agricultores (as) e pessoas interessadas da comunidade, num rodízio de 160 participantes por dia.
Cada participante receberá material impresso (apostila) sobre o tema que participou, e no final de cada dia tudo que foi produzido será degustado numa “mesa coletiva” e os resultados da oficina de pintura e de fabricação de produtos de limpeza serão divididos, ficando uma parte para colégio e outra sorteada entre os participantes.

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS –ZOOTECNIA III

Nesse primeiro bimestre de 2011 os alunos do 3º ano do Curso Técnico em Agropecuária iniciaram a disciplina de Zootecnia III, com o docente Francisco Batista, com a parte de Caprinovinocultura que é a criação racional de caprinos e ovinos.
Foi abordada a importância da Caprinovinocultura para o semi-árido nordestino bem como para as unidades produtivas de base familiar, destacamos o cenário nacional e internacional da Caprinovinocultura, trabalhamos os conteúdos relacionados ao efetivo caprino e ovino no Brasil e no mundo, mercado nacional, instalações, raças, manejo: sanitário, reprodutivo, produtivo e alimentar.
Para reforçar o desenvolvimento cognitivo dos discentes programamos três visitas técnicas a propriedades da região para realizarmos as praticas referentes ao manejo geral da criação de caprinos e ovinos.
Com base no estudado realizamos duas das três visitas que haviam sido programadas, nestas visitas realizamos as praticas de diagnósticos das instalações onde verificamos as condições sanitárias, as estrutura física bem como a funcionalidade das mesmas. Ressaltamos a importância de se ter instalações funcionais e com boas condições de higiene, pois tais aspectos conferem maior conforto e bem estar ao animal.
Em seguida passamos ao estudo da determinação da idade desses pequenos ruminantes através da observação da arcada dentaria visto que, tanto em caprinos quanto em ovinos a uma cronologia bem definida quanto ao nascimento e substituição da dentição de leite pela definitiva, tal identificação se dar pela observação dos dentes incisivos inferiores que é composta por oito dentes, a saber: 2 pinças, 2 primeiros médios, 2 segundos médios e dois cantos. Num segundo momento vimos os processo e a forma correta de efetuar a castração de borregos, vimos na teoria os principais métodos utilizados na castração como o cirúrgico, a borracha e burdizzo, efetuamos a castração pelo método do burdizzo e da borracha, onde os alunos tiveram a oportunidade de realizar a prática e reforçando o ensinado na teoria. Outra atividade realizada na primeira visita foi a identificação correta da hérnia, um alteração provocada pelo enfraquecimento das estruturas musculares da região ventral dos caprinos e ovinos que provoca o rompimento das mesmas ocasionando abscessos que muitas vezes são confundidos com a doença causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis mais popularmente conhecida por linfadenite caseosa realizamos tanto a identificação da hérnia como a incisão e retirada dos abscessos provocados pela linfadenite.
Na segunda atividade realizada aos 21 dias do mês de março procedemos a pratica da escolha de matrizes e reprodutores, observando os aspectos de um bom macho para reprodução e de uma boa fêmea, fizemos o exame físico andrológico geral e genital externo das matrizes e reprodutores, fizemos também o teste do reprodutor em ação para com o intuito de observar a libido e a ereção. Outra pratica muito importante realizada na segunda visita foi a identificação da condição corporal (CC) que nos permite avaliar através do estado nutricional se a matriz ou o reprodutor está apto a fazer parte de um programa de reprodução.
Ainda relacionado ao manejo produtivo e reprodutivo os alunos realizaram a atividade pratica de identificação da gestação pela palpação abdominal, pratica esta que só nos permite uma margem segura a partir do centésimo dia de gestação.
As atividades praticas são uma ferramenta importantíssima no desenvolvimento dos estudantes haja vista que, a prática proporciona a fixação do apreendido na teoria consolidado desta maneira a aprendizagem do aluno e dando a oportunidade de convivência com o mundo do trabalho que será exercido por eles em um futuro bem próximo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Estudantes e professores dos cursos técnicos em agropecuária e agroecologia do colégio estadual José Ribeiro de Araújo (Canarana) participam da I eta

Cerca de 50 estudantes dos cursos técnicos em agropecuária e agroecologia do colégio estadual José Ribeiro de Araújo (Canarana) participaram do I Módulo do curso de formação de Educadores Ambientais do Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade (PEAS) do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ). Realizado no parque da cidade de Lapão , entre 30 de março e 3 de abril, o curso teve como objetivo capacitar o público para intervenção na região beneficiada pelo Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos - Proágua Nacional - que está realizando obras de abastecimento hídrico em três municípios da região deIrecês: Lapão, Canarana e Cafarnaum.
Um dos objetivos do programa é discutir as políticas públicas e a gestão de recursos hídricos e saneamento. É importante que terminemos o curso com a percepção de que o sistema de abastecimento de água, combinado à educação ambiental, deverá ser revertido em qualidade de vida.
Os alicerces da formação se apóiam na conscientização das questões ambientais, com foco nas comunidades e nas obras do Proágua Nacional. O fortalecimento da participação e controle social; a formação e capacitação de gestores; divulgação e disseminação de informação; e a valorização e afirmação da cultura local são outros eixos conceituais do Programa.

Atividades da Oficina
O evento contou com plenárias e dinâmicas de grupo para despertar e reiterar nos participantes a importância do papel do educador ambiental.Divididos em grupos, eles também expuseram quadros que indicavam as principais demandas socioambientais percebidas nas localidades beneficiadas e fizeram reflexões e contextualização da realidade de cada região através de 3 eixos de discussão: história do território; cadeias socioprodutivas e políticas publicas no território.

O professor do colégio José Ribeiro , e dos cursos técnicos, o agrônomo João Neto realizou atividades no terceiro dia do evento explanando sobre as cadeias socioprodutivas do território.
No último dia do evento , os participaram iniciaram a construção de uma agenda para produzir um plano de trabalho para os próximos meses, o primeiro passo foi a oficina de projetos realizada pelo professor articulador dos cursos técnicos , Carlos Ney Nascimento de Oliveira.
Na segunda etapa da formação os participantes irão apresentar os resultados dos diagnósticos realizados em suas comunidades e continuarão a elaboração do projeto de intervenção com educação ambiental.
Na fase de execução das atividades discutidas, os educadores ambientais s irão atuar intermediando conflitos ambientais e realizando esforços para a conscientização sobre o uso da água nos municípios enfocados, visando à melhoria da qualidade de vida das comunidades.

Estudantes de agroecologia do colégio estadual José Ribeiro de Araújo realizam atividades de beneficiamento do umbu.

Entre os dias 21 a 28 do último mês os futuros técnicos em agroecologia do colégio estadual José Ribeiro de Araújo, em Canarana, realizaram atividades de beneficiamento do umbu. Foi feito mousse, bolo, geléia e doce com o fruto de uma planta símbolo da caatinga, bioma que é marcado por estereótipos como o cinza, o seco, a aridez e a miséria, situação que é minimizada quando são visibilizadas as suas paisagens naturais durante o período chuvoso. Entretanto, a população desconhece a importância desse bioma e, por vezes, pouco valoriza a flora, como no caso do umbu.
O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) é uma espécie xerófita, auducifólia da família Anacardiaceae, originária das zonas menos chuvosas da região Nordeste do Brasil,ocorrendo desde o Ceará até o norte de Minas Gerais. Devido às suas defesas fisiológicas, a árvore do umbuzeiro é resistente à seca e pode chegar a medir aproximadamente 5 m de altura com uma copa que atinge até 15 m de diâmetro. O fruto de cor verde, forma ovalada,apresenta aroma e acidez acentuados. É muito apreciado pela qualidade do seu suco, bastante agradável e rico em minerais e vitaminas, sobretudo A e C (FRANCO, 2005).
A fruta é encontrada principalmente no Semiárido da Bahia.Cerca de 90% estão na Bahia, de acordo a pesquisa da Universidade Federal da Bahia (Ufba), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroíndústria de Alimentos.
Segundo dados da EMBRAPA apenas 1% do umbu produzido na Bahia é comercializado ou industrializado, os restantes 99% se perdem. Atualmente, grande parte do umbu é comercializada in natura ou como polpa, com pequena parcela destinada à fabricação de doces e geléias.
Visando um maior aproveitamento do fruto, vem a importância de se discutir o beneficiamento do umbu nas aulas do curso de agroecologia e agropecuária, tendo em vista um melhor aproveitamento das safras do umbu no município de Canarana,
A atividade tem um potencial para crescer, industrialmente, muito grande. Falta investimento, por isto o objetivo da atividade no curso técnico é dar mais opção de agregação de valor ao fruto, disponibilizando essa tecnologia para o futuro técnico. Qualquer novo produto que agregue valor ao umbu e seja de fácil conservação é muito importante para a região, porque o fruto é vendido muito barato e é muito perecível.
Assim é sempre positiva a descoberta de novas alternativas de produtos que ofereçam conservação mais adequada e mais tempo para comercializar, contribuindo na melhoria da qualidade de vida dos moradores podendo ser uma forma de geração de renda e assim incentivá-los principalmente a desenvolver a indústria caseira do umbu.
Além dessa atividade docentes do curso, João Neto e Hoel, pretendem visitar e recolher experiências( para divulgar no território de Irecê) na região de Uauá onde já existe a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), em Uauá (BA), que reúne cerca de 140 produtores e comercializa produtos da Caatinga inclusive para o exterior, liderados pelo umbu.