Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor
Da Redação
Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor: Produtores durante o curso de Plantas MedicinaisCréditos: Senar-PRDe geração a geração, as plantas medicinais ou fitoterápicas vem sendo utilizadas pela população brasileira
Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor: Produtores durante o curso de Plantas Medicinais
Créditos: Senar-PR
De geração a geração, as plantas medicinais ou fitoterápicas vem sendo utilizadas pela população brasileira. São os chazinhos. Muitos dos ingredientes desses chazinhos foram industrializados e hoje estão em prateleiras de farmácias, mas são em mercados e ervanários, ou simplesmente no fundo do quintal que a população se abastece. E se automedica sem ter a exata noção do que a erva ou planta medicinal pode ocasionar. De qualquer maneira, de forma rudimentar ou sofisticada, o uso e comercialização dessa alternativa classificada como medicina popular se espalhou pelo País, gerando hoje um mercado de alguns milhões de reais.
A oportunidade de gerar renda fez o Senar/PR criar o curso de Plantas Medicinais em 2009. Em 2010, a cidade de Nova Fátima, na região norte do Estado, recebeu uma turma em promoção conjunta com o Sindicato dos Produtores Rurais de Cornélio Procópio. O objetivo foi justamente disseminar entre os pequenos e médios produtores o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, mostrando as oportunidades no mercado, em razão de usos resultantes da chamada medicina popular.
O mercado desses produtos está em ritmo crescente. De acordo com a agrà noma Janete Maria de Oliveira Armstrong, instrutora do Senar/PR, o Paraná é um dos principais produtores de plantas medicinais do país, um incentivo a mais para investir no seu cultivo. Quando o Senar do Paraná criou o curso, visou o resgate dessas culturas tão ricas e a oferta de mais uma alternativa de produção para o pequeno agricultor, explicou a agrà noma. O curso se baseia no cultivo e beneficiamento (colheita e secagem) dessas plantas, na produtividade e na sua aceitação no mercado, acrescentou.
A própria secretaria de Saúde quer disseminar o uso das plantas medicinais no município. Poucas pessoas hoje fazem o uso das plantas medicinais. Pretendemos a longo e médio prazo montar um projeto em que consiste na criação de um viveiro comunitário com as mudas das principais plantas fitoterápicas, onde a população terá a possibilidade de conhecer uma cultura nova e desfrutar do seu valor no mercado, afirmou Manoel Joaquim de Lima Junior, Secretário Municipal de Saúde.
O curso se baseia no cultivo e beneficiamento (colheita e secagem) dessas plantas, na produtividade e na sua aceitação no mercado, diz Janete Maria de Oliveira Armstrong, instrutora do Senar/PR.
PLANTANDO ESPERANÃA
Com a experiência de quem já trabalha com agricultura orgânica, o produtor Reginaldo de Castro decidiu investir também no cultivo de plantas medicinais. O projeto dele teve início em 2004, após a realização do curso Empreendedor Rural.
Meu projeto foi justamente de trabalho em agricultura orgânica e também comecei o cultivo de plantas medicinais, afirmou o produtor. Em sua propriedade ele tem café, soja e milho para o sustento. Já a melissa, camomila, erva cidreira, hortelã, babosa e puejo, entre outros, são usados na medicina alternativa.
Em sua propriedade ele acolhe pessoas que querem dar um tempo e escapar da rotina, em uma espécie de tratamento naturalista contra a ansiedade. Quem aposta no cultivo de plantas passa por uma terapia experimental. Isso faz parte do progresso de cada um. Eles mexem na terra, na roça, na horta, ficam tranquilos e muitos já reduziram ou acabaram com ansiedades.
Há aproximadamente 50 espécies na sua propriedade. O próximo passo é implantar um projeto nas escolas do município. Para ele, a disseminação da cultura é uma alternativa saudável e de subsistência familiar. Ã? agradável essa nova ideia pelo fato de você poder ajudar uma pessoa no fator saúde e, consequentemente, viável na questão financeira, onde poderemos comercializar esses produtos para o município e região, afirmou.
PESQUISA ANTI-ESTRESSE
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão listando um grupo de plantas batizadas de adaptógenas. Elas são rotuladas porque têm a capacidade de adaptar o organismo a situações difíceis. Como essas plantas atuam na resposta do corpo ao estresse, acabam estimulando o sistema imune contra as infecções e ainda melhoram o raciocínio e a memória, resume o biomédico Fúlvio Rieli Mendes, da Unifesp.
A lista das adaptógenas no Brasil passa de 40 espécies, tais como catuaba, carqueja, erva-desanta-maria, damiana e erva-mate. Além dos frutos 100% nacionais como o cacau, o açaí, o guaraná, o buriti e o jatobá. Inúmeras universidades e laboratórios tem pesquisadores dedicados À pesquisas sobre fitoterápicos. Os resultados dessa atividade são o gradual aumento do consumo desses produtos, logo da produção.
PARA SABER MAIS
Acesse aqui as informações sobre o Trabalhador no Cultivo de Plantas Medicinais.
E aqui o Catálogo de cursos do Senar/PR.
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