terça-feira, 13 de julho de 2010

Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor

Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor
Da Redação

Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor: Produtores durante o curso de Plantas MedicinaisCréditos: Senar-PRDe geração a geração, as plantas medicinais ou fitoterápicas vem sendo utilizadas pela população brasileira






Curso de plantas medicinais oferece nova alternativa de renda ao pequeno produtor: Produtores durante o curso de Plantas Medicinais
Créditos: Senar-PR

De geração a geração, as plantas medicinais ou fitoterápicas vem sendo utilizadas pela população brasileira. São os chazinhos. Muitos dos ingredientes desses chazinhos foram industrializados e hoje estão em prateleiras de farmácias, mas são em mercados e ervanários, ou simplesmente no fundo do quintal que a população se abastece. E se automedica sem ter a exata noção do que a erva ou planta medicinal pode ocasionar. De qualquer maneira, de forma rudimentar ou sofisticada, o uso e comercialização dessa alternativa classificada como medicina popular se espalhou pelo País, gerando hoje um mercado de alguns milhões de reais.



A oportunidade de gerar renda fez o Senar/PR criar o curso de Plantas Medicinais em 2009. Em 2010, a cidade de Nova Fátima, na região norte do Estado, recebeu uma turma em promoção conjunta com o Sindicato dos Produtores Rurais de Cornélio Procópio. O objetivo foi justamente disseminar entre os pequenos e médios produtores o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, mostrando as oportunidades no mercado, em razão de usos resultantes da chamada medicina popular.

O mercado desses produtos está em ritmo crescente. De acordo com a agrà noma Janete Maria de Oliveira Armstrong, instrutora do Senar/PR, o Paraná é um dos principais produtores de plantas medicinais do país, um incentivo a mais para investir no seu cultivo. Quando o Senar do Paraná criou o curso, visou o resgate dessas culturas tão ricas e a oferta de mais uma alternativa de produção para o pequeno agricultor, explicou a agrà noma. O curso se baseia no cultivo e beneficiamento (colheita e secagem) dessas plantas, na produtividade e na sua aceitação no mercado, acrescentou.

A própria secretaria de Saúde quer disseminar o uso das plantas medicinais no município. Poucas pessoas hoje fazem o uso das plantas medicinais. Pretendemos a longo e médio prazo montar um projeto em que consiste na criação de um viveiro comunitário com as mudas das principais plantas fitoterápicas, onde a população terá a possibilidade de conhecer uma cultura nova e desfrutar do seu valor no mercado, afirmou Manoel Joaquim de Lima Junior, Secretário Municipal de Saúde.

O curso se baseia no cultivo e beneficiamento (colheita e secagem) dessas plantas, na produtividade e na sua aceitação no mercado, diz Janete Maria de Oliveira Armstrong, instrutora do Senar/PR.

PLANTANDO ESPERANÃA

Com a experiência de quem já trabalha com agricultura orgânica, o produtor Reginaldo de Castro decidiu investir também no cultivo de plantas medicinais. O projeto dele teve início em 2004, após a realização do curso Empreendedor Rural.

Meu projeto foi justamente de trabalho em agricultura orgânica e também comecei o cultivo de plantas medicinais, afirmou o produtor. Em sua propriedade ele tem café, soja e milho para o sustento. Já a melissa, camomila, erva cidreira, hortelã, babosa e puejo, entre outros, são usados na medicina alternativa.

Em sua propriedade ele acolhe pessoas que querem dar um tempo e escapar da rotina, em uma espécie de tratamento naturalista contra a ansiedade. Quem aposta no cultivo de plantas passa por uma terapia experimental. Isso faz parte do progresso de cada um. Eles mexem na terra, na roça, na horta, ficam tranquilos e muitos já reduziram ou acabaram com ansiedades.

Há aproximadamente 50 espécies na sua propriedade. O próximo passo é implantar um projeto nas escolas do município. Para ele, a disseminação da cultura é uma alternativa saudável e de subsistência familiar. Ã? agradável essa nova ideia pelo fato de você poder ajudar uma pessoa no fator saúde e, consequentemente, viável na questão financeira, onde poderemos comercializar esses produtos para o município e região, afirmou.

PESQUISA ANTI-ESTRESSE

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão listando um grupo de plantas batizadas de adaptógenas. Elas são rotuladas porque têm a capacidade de adaptar o organismo a situações difíceis. Como essas plantas atuam na resposta do corpo ao estresse, acabam estimulando o sistema imune contra as infecções e ainda melhoram o raciocínio e a memória, resume o biomédico Fúlvio Rieli Mendes, da Unifesp.

A lista das adaptógenas no Brasil passa de 40 espécies, tais como catuaba, carqueja, erva-desanta-maria, damiana e erva-mate. Além dos frutos 100% nacionais como o cacau, o açaí, o guaraná, o buriti e o jatobá. Inúmeras universidades e laboratórios tem pesquisadores dedicados À pesquisas sobre fitoterápicos. Os resultados dessa atividade são o gradual aumento do consumo desses produtos, logo da produção.

PARA SABER MAIS

Acesse aqui as informações sobre o Trabalhador no Cultivo de Plantas Medicinais.

E aqui o Catálogo de cursos do Senar/PR.

MAIS INFORMAÇÕES

Senar/PR
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